Neste texto, respondi as 7 mais frequentes perguntas que ouço dos pacientes no consultório sobre obesidade e emagrecimento, oferecendo informações valiosas para ajudar você a tomar decisões informadas e alcançar seus objetivos de saúde.
1- O que é obesidade e quais suas causas?

Obesidade é quando uma pessoa acumula uma quantidade excessiva de gordura no corpo, a ponto de isso afetar sua saúde.
As principais causas são:
- Alimentação Desbalanceada: Consumo excessivo de alimentos ricos em calorias, açúcar e gorduras, como fast food e doces.
- Falta de Atividade Física: Estilo de vida sedentário, com pouco ou nenhum exercício regular.
- Genética: Histórico familiar pode influenciar a tendência a ganhar peso.
- Questões Emocionais: Comer em resposta ao estresse, ansiedade ou depressão, em vez de fome física.
- Mudanças Metabólicas: Algumas pessoas têm um metabolismo mais lento, o que pode dificultar a perda de peso.
- Fatores Ambientais: Acessibilidade a alimentos saudáveis e opções de lazer pode impactar hábitos alimentares e nível de atividade.
- Efeitos de Medicamentos: Alguns medicamentos podem causar ganho de peso como efeito colateral.
- Alterações Hormonais: Desequilíbrios hormonais, como aqueles relacionados à insulina, hormônios da tireoide (hipotireoidismo), cortisol (hormônio do estresse), e os hormônios que regulam a fome (leptina e ghrelina), podem afetar o apetite e o metabolismo, contribuindo para o ganho de peso.
MÉDICO QUE ATUA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE E NO EMAGRECIMENTO
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2- Como sei se sou obeso?
Para saber se alguém é obeso, uma maneira comum é usar o índice de massa corporal (IMC). O IMC é calculado com base na sua altura e peso. Para calcular o IMC, você pode usar a seguinte fórmula:
IMC = peso (kg) ÷ (altura (m) × altura (m)).
Por exemplo, se você pesa 70 kg e tem 1,75 m de altura, o cálculo ficaria assim:
IMC = 70 ÷ (1,75 × 1,75) = 22,86.
Aqui estão as classificações do IMC:
- Abaixo do peso: IMC abaixo de 18,5
- Peso normal: IMC entre 18,5 e 24,9
- Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9
- Obesidade: IMC de 30 ou mais
Além do IMC, também podemos olhar a porcentagem de gordura corporal, que indica quanto do seu peso total é composto por gordura. Para a maioria dos homens, uma porcentagem de gordura corporal acima de 25% é considerada obesa, e para as mulheres, o valor é acima de 32%.
3- Quais são os riscos para a saúde associados à obesidade?
A obesidade pode trazer diversos riscos para a saúde, principalmente relacionados a doenças cardiovasculares e outras condições.
- Doenças Cardiovasculares: O excesso de gordura corporal aumenta o risco de problemas como pressão alta, doenças cardíacas e derrame. As pessoas com IMC maior que 30, que se enquadram na categoria de obesidade, têm um risco até 50% maior de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação àquelas com peso normal.
- Diabetes Tipo 2: A obesidade está fortemente ligada ao desenvolvimento da diabetes tipo 2. Para pessoas com IMC acima de 30, o risco de diabetes aumenta em até 80%, devido à resistência à insulina que pode ocorrer com o acúmulo de gordura.
- Apneia do Sono: A obesidade pode causar apneia do sono, uma condição em que a respiração para temporariamente durante a noite. Isso acontece porque o excesso de gordura na região do pescoço pode dificultar a passagem do ar. Estima-se que até 70% das pessoas com obesidade tenham essa condição.
- Inflamação de Baixo Grau: A obesidade também causa o que chamamos de inflamação de baixo grau, que é uma resposta inflamatória crônica que pode afetar o corpo todo. Isso está associado a um risco aumentado de várias doenças, incluindo doenças autoimunes e certos tipos de câncer. A inflamação crônica está presente em cerca de 80% das pessoas obesas.
- Problemas Articulares: O excesso de peso coloca uma pressão extra sobre as articulações, especialmente os joelhos e os quadris, aumentando o risco de osteoartrite. As pessoas com IMC elevado têm um risco significativamente maior de sofrer com esses problemas.
- Saúde Mental: A obesidade também pode afetar a saúde mental, contribuindo para ou agravando problemas como depressão e ansiedade. Estudos mostram que indivíduos com obesidade têm 30% a 50% mais chances de desenvolver transtornos de saúde mental.

4- Obesidade é doença?
Sim, a obesidade é considerada uma doença crônica, assim como a hipertensão e o diabetes mellitus. Ela não é apenas uma questão de aparência ou de estilo de vida, mas sim uma condição que pode ter sérias consequências para a saúde.
Embora a dieta e a atividade física sejam fundamentais para a gestão do peso e da saúde em geral, a evidência mostra que, quando usadas sozinhas, essas abordagens são frequentemente ineficazes para a perda de peso a longo prazo. A maioria das pessoas que perde peso através de dieta e exercício acaba recuperando esse peso porque não se abordam as causas subjacentes da obesidade.
5- Qual melhor tratamento atual da Obesidade?
Atualmente, um dos melhores tratamentos para emagrecer é com o uso de medicamentos. Esses medicamentos têm se mostrado eficazes em promover perda de peso significativa, em alguns casos comparável aos resultados da cirurgia bariátrica, mas sem os riscos cirúrgicos associados.
Os medicamentos mais recentes no mercado atuam de maneiras variadas, como suprimir o apetite, aumentar a sensação de saciedade ou modificam a forma como o corpo metaboliza os alimentos. Embora a dieta e a atividade física continuem sendo componentes essenciais para o emagrecimento, esses medicamentos podem oferecer um impulso adicional, especialmente para quem não consegue obter resultados suficientes apenas com mudanças no estilo de vida.
É importante destacar que o uso de medicamentos para emagrecimento deve ser feito sob supervisão médica, pois cada pessoa é única e o tratamento deve ser personalizado com base nas necessidades e condições de saúde individuais. Isso garante não apenas a eficácia, mas também a segurança do tratamento.
6- Como evitar o Efeito de emagrece-engorda (Efeito Sanfona)?

O efeito sanfona é um termo usado para descrever quando uma pessoa perde peso, mas acaba recuperando esse peso, e, muitas vezes, até ganhando mais do que perdeu. Isso pode ser muito frustrante e acontece porque, muitas vezes, perder peso apenas com mudanças feitas na dieta e no exercício não são sustentáveis a longo prazo.
Para evitar o efeito sanfona, é importante adotar uma abordagem equilibrada e saudável. Os medicamentos atuais para emagrecimento podem ajudar significativamente nesse processo, pois facilitam a perda de peso e ajudam a manter os resultados. Eles atuam de maneira a controlar a fome, aumentar a saciedade, ou modificar como o corpo processa os alimentos, o que pode tornar a manutenção do peso mais alcançável.
Além dos medicamentos, a prática regular de atividade física, especialmente exercícios de força, é fundamental. Esse tipo de treino ajuda a aumentar a massa muscular, e quanto mais músculos você tem, mais calorias seu corpo queima, mesmo em repouso. Isso significa que você se torna naturalmente mais “termogênica”, ou seja, seu corpo gasta mais energia. Então, aliar exercícios de força a uma alimentação equilibrada e, se necessário, ao uso de medicamentos pode ajudar a evitar o efeito sanfona.
7- Quais dietas tem comprovação cientifica para uma boa saude e para emagrecer?
Tanto a dieta mediterrânea quanto o jejum intermitente possuem comprovação científica que apoia seus benefícios para a saúde e para a perda de peso. Aqui estão os detalhes sobre cada um:
Dieta Mediterrânea
- Estudos de Saúde:
- Saúde Cardiovascular: A dieta mediterrânea é associada a um menor risco de doenças cardiovasculares. Pesquisas, como o estudo PREDIMED, mostraram que pessoas que seguem essa dieta têm uma redução significativa em eventos cardiovasculares, como infarto e AVC.
- Controle de Peso: Estudos indicam que a dieta mediterrânea é eficaz na perda de peso e na manutenção do peso. A combinação de alimentos ricos em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis promove a saciedade e pode levar a uma redução na ingestão calórica total.
- Redução do Risco de Doenças Crônicas: Além de melhorar a saúde do coração, a dieta mediterrânea tem sido associada à redução do risco de diabetes tipo 2, certos tipos de câncer, e doenças neurodegenerativas como Alzheimer.
Jejum Intermitente
Efeitos Antiinflamatórios: O jejum intermitente pode ajudar a reduzir marcadores inflamatórios no corpo, contribuindo para a redução do risco de doenças crônicas.
Estudos de Emagrecimento e Metabolismo:
Perda de Peso: Pesquisas têm mostrado que o jejum intermitente pode ser eficaz na promoção da perda de peso. Ao limitar o período de ingestão de alimentos, muitas pessoas acabam reduzindo a ingestão calórica total, o que pode levar a uma perda de peso significativa.
Melhorias Metabólicas: O jejum intermitente pode melhorar a sensibilidade à insulina, ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue e reduzir a gordura abdominal. Estudos indicam que esse padrão alimentar pode beneficiar a saúde metabólica em geral.

Fonte: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf